A abertura completa do Mercado Livre de Energia no Brasil se estrutura a partir de um conjunto de medidas orientadas à modernização do setor elétrico nacional. Portanto, revoluciona a forma pela qual os brasileiros lidam com o insumo energia elétrica. Especialmente os empresários do Grupo A (alta tensão), os primeiros grandes beneficiados.
Essa medida é considerada um dos maiores movimentos de abertura de mercado já vistos no mundo. Cujo foco está na democratização do acesso à energia limpa, renovável e mais barata para todos.
Baseada no Projeto de Lei 414/2021, a abertura avança a passos largos impulsionada pela Portaria Normativa n° 50/GM/MME. Com a abertura total para a alta tensão prevista para os próximos meses. E pela Consulta Pública 137/2022 que presume que os consumidores em baixa tensão escolham seus fornecedores de energia a partir de 2026.
Nesse cenário, milhares de empresas de diversos segmentos fazem uma verdadeira corrida. Com o propósito de rever suas estratégias e se preparar para fazer parte desse grande movimento.
Boletim Abraceel
Atualmente, de acordo com o Boletim Abraceel de outubro de 2022, o Mercado Livre de Energia registra 10,7 mil consumidores que representam cerca de 38% de toda a energia consumida no país. Estima-se que ainda existam mais de 70 mil empresas que podem estar no Mercado Livre de Energia conforme os critérios atuais. Isto é, mesmo na alta tensão (Grupo A), a expansão é exponencial.
Dessa maneira, ao analisar atentamente o Grupo B (Baixa Tensão), os números são a dimensão da grandiosidade da mudança. Afinal, são mais de 90 milhões de consumidores residenciais, comerciais e industriais que acessarão o Mercado Livre de Energia. Consequentemente, reduzindo os custos com energia elétrica em até R$ 25 bilhões por ano, totalizando R$ 210 bilhões até 2035.
Tão impressionante quanto os números de unidades e economia é o enorme salto ESG previsto para o país nos próximos anos.
Continue lendo a seguir.
Fonte: Reportagem Valor Econômico publicada em 11/11/2022.
Impacto econômico da abertura do mercado
O impacto econômico positivo da abertura do Mercado Livre de Energia foi analisado pelo estudo da EY, contratado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Segundo informações obtidas na pesquisa, a abertura em 2026 resulta numa economia de 18% na conta de energia dos brasileiros. O que aumenta a renda disponível em 0,7% e proporciona a liberação de R$ 20 bilhões por ano para compra de bens e serviços.
Além do mais, estima-se que 700 mil novos empregos sejam gerados, favorecendo o crescimento do PIB em até 0,56%.
“Esse é o caminho para reduzir o preço da energia elétrica de forma estrutural no Brasil para todos os 90 milhões de consumidores”, complementa Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel.
A reportagem publicada em destaque pelo Valor Econômico reforça que as empresas pretendem investir em energia 100% limpa e renovável no Mercado Livre de Energia por várias razões.
Dentre elas, se destaca a competitividade agregada aos negócios comprando energia mais barata se comparada ao Mercado Cativo. Além disso, o alinhamento aos programas e metas ESG (ambiental, social e de governança, em português), que representa pauta urgente nas empresas de todo o mundo.
Saiba mais sobre o Mercado Livre de Energia acompanhando nosso blog e redes sociais.
Conhecimento é energia e move tudo!